segunda-feira, 17 de maio de 2010

Corsário

Eu quero me afogar nesse oceano,
verde,
límpido,
profundo.
Quero sentir a aura verde escuro,
quero nadar pelo degrade até o mel
e penetrar no curioso borrão de tinta que me suga.
Eu quero me afogar nesse oceano
de aromas,
sorrisos,
palavras.
Quero deslizar pela maciez,
quero me perder nos contornos
e dançar a brisa do sopro.
Eu quero me afogar nesse oceano
doce,
tranquilo,
revolto.
Eu quero me instigar pelos piratas,
quero buscar os portos
e encontrar todos os tesouros.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Jornada

Entre as explosões pulsantes da multidão de sonhos do meu, surgem oásis secretos; Segredo de criança, um pacto eterno de doces. Oásis regados a café e compotas de baunilha no rum, exalando gargalhadas e conversas impuras, num clã de inocencia atemporal. Cheirando música lenta e acolhedora, numa valsa de olhares intensos e despreocupados.
Um momento.
Pausa improvavel.

Viagem paralela de ida, mas volta e fica e continua a borbulhar. Somente ressurge em lapsos do tempo que não se tem mais. Sonho de criar e viver de criar e criar, mas a busca final enaltece o não-pensar, sem entender onde tudo isso para, ou começa, ou

vai.

E tudo que importa são os oasis desse deserto de exageros e excessos, que engole os viajantes desavisados desse segredo mais-que-secreto do mundo de eu. Sem ninguem saber.


Só todo mundo e nós.
















Stress: formação de cristais no cortisol.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pira

Tem gente que é muito doida.
Tem gente que é muito pouco doida.
E é no meio dessa doidisse que eu vivo,
que eu cresço,
que eu morro.
No meio dessa doidisse que eu canto,
grito,
corro.
E choro e danço e piro.
É no meio dessa doidisse que eu enlouqueço
e levo todas essas doidisses comigo,
prum meio de loucuras
e coisas doidas.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ambiguidades

Um final de semana que mais pareceu uma semana todinha...
Muitas coisas boas e coisas muito ruins.
E ficou a ressaca disso tudo, fisica, pesada, irreversível, me transformando numa mera espectadora do mundo, sem poder nenhum de ação.

Ve-ge-tan-do.

Restam os problemas a serem resolvidos.
Restam as saudades todas dos risos, dos beijos, dos olhares.
Resta o êxtase de tres intensos dias inesquecíveis.
O pavor, o choque, o cuidado, o esquecer - e depois o relembrar, o carinho, a música, o aconchego, a tristeza, o aprendizado, o amor.