Escrever é um refúgio.
Neste caso, o último.
O último sopro de força e vontade,
permeando minhas veias e nervos,
movendo meus dedos nessa balada solitária.
Solidão.
Palavra que se mostra cada vez mais presente.
Alí no trabalho.
Alí entre amigos.
Alí na cama e na casa vazia.
Em todo e qualquer lugar que eu va,
como uma sombra de morte pronta pra me engolir.
E me engole.
Me faz derreter e escoar pelo ralo do banheiro,
junto com todas as lagrimas que minha face torce.
E no final de tudo,
depois de mais do que sentir dó de si,
depois de se espancar e virar sangue,
nos levantamos.
Praquela vidinha de merda,
pra encarar pessoas de merda,
como você,
você mesmo,
no espelho.