sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

NATALINO

Eu queria saber qual é o grande lance do Natal.
Tem gente que ama, tem gente que odeia.
Eu mesma passei alguns anos me sentindo muito mal na época de Natal, mas esse ano parece que o "espirito" natalino realmente me preencheu. Não no sentido de presentes e felicitações, afinal não é disso que essa data se trata para mim, mas no sentido de paz, harmonia, familia e amor. Parece que eu estou preenchida de luz. É.
Este ano foi um tanto diferente de todos os outros pra mim. 
Foi um ano sem descanso, um ano pesado, mas de um jeito que valeu a pena. As alegrias que resultaram desse peso compensaram-no. Não só alegrias como todo o aprendizado em relação à minha vida profissional e pessoal principalmente.
Agora, nesta semana, eu fui forçada a descansar. Fiquei doente, de repouso e acho entao que tive tempo de respirar fundo e esquecer de tudo. Acho mesmo que fui tomada por toda energia boa que produzi durante o ano.
Talvez seja isso que falte nas pessoas. Dar mais valor naquilo que é produzido por elas mesmas, desde um produto até um sorriso. Na verdade, são realmente as pequenas coisas que devem fazer a diferença da vida.
Uns amam o Natal porque ganham presentes, outros odeiam-no justamente por ter se tornado capitalista. Porém todos esquecem que o conceito de presente é muito maior do que comprar um pedaço de plastico numa loja cara. É sim a demonstração de que alguem se lembrou de voce e te considera tao especial a ponto de te presentear, presentear a pessoa que voce é, por voce ser exatamente como você é.
É claro que muitas pessoas apenas vão numa loja cara e compram um pedaço de plastico sem nem pensar nisso que e eu disse. Mas quem sabe refletir sobre os outros entende as limitações de cada um. Não cabe a ninguem julgar ou tentar modificar uma outra pessoa.
O que cabe a cada um é olhar pra si mesmo e se perguntar o que pode ser melhor.
E melhorar.
Se vocês querem saber... esse é o melhor presente que pode se dar a si mesmo.
Mas voltando à questao inicial, acho que falta um pouco de humildade nas pessoas para deixarem de lado a redoma que o homem construiu ao redor dessas datas e então beberem da essencia delas. É isso que vai fazer o Natal ter sentido. 
É disso que ele é feito: reflexão.

















Um feliz Natal a todos, cheio de luz, paz e amor.
Com carinho, 
B.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

O que é foda

Sabe, eu to com saco cheio de pessoas falando merda de mim, de reclamarem de mim, de nao me considerarem, de me deixarem de lado.
As pessoas nao se tocam que eu me relaciono com poucas e que essas sao as que eu realmente me importo.
Mas daí até pra essas tanto faz né... como que faz nessas horas?
A gente cansa de tentar em vao , nao eh mesmo?
E sabe, tem outras que saem por aih se achando maioral, se vangloriando as minhas custas e a hora que eu bato na porta delas, aponto o dedo na fuça e falo umas verdades elas ficam pianinho e abaixam a cabeça.
Porque será ein?
As pessoas me subestimam muito, é isso que eu acho.

sábado, 16 de outubro de 2010












Ao tentar expressar o que anda se passando comigo 
percebi que uma imagem descreveria melhor 
- ou nove, no caso.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Querido F,

estou num daqueles momentos de explosão de sentimentos. É um turbilhão de cheiros, gostos, sensações e lembranças diversas te cercando por todos os lados... e quando você se da conta, está tão imerso que fica paralisado.
Estou paralisada tentando digerir cada parte que [nos] envolve.
É mais uma daquelas noites de trabalho, que tinha tudo para ser banal. Conversas comuns, atenção sempre voltada aos moldes e costuras e mais um boa noite.
O boa noite sempre me da uma sensação 'tristinha' de que só amanhã.
Então lembrei daquela música. Aquela nossa música, primeira de todas. A que me tirava o ar.
Resolvi ouvi-la enquanto trabalhava, mas aqui estou. Ouvi uma, duas vezes, até recobrar a consciencia e de certa forma acalmar esses sentimentos que voltam com tudo à tona. Sentimentos e lembranças que eu tento reconhecer e nomear um a um, mas que passam tão rapido, me deixando tão tonta que não consigo ver seus rostos.
Eles me engoliram.
E eu estou num misto enorme de riso, choro e saudade.
Saudade de inseguranças, incertezas, de começos. De medos que tive, dos primeiros sorrisos e de cada coisa nova que descobria a seu respeito.
Saudade de uma fase. Porque vejo que não somos mais aqueles dois, somos maiores. Amadurecemos juntos e construimos esse relacionamento juntos. Esse amor.
Mas posso dizer com certeza que o diferente não é melhor nem pior, é apenas diferente. Afinal, o que apenas um segundo da nossa música me causa, prova que a cada momento, palavra e sorriso, crescem mais meu amor e minha admiração por voce.
Obrigada por me proporcionar noites de trabalho interrompidas por lembranças incríveis.

Com amor,
B.


_______










Eu te amo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Escultores de Nuvens

Está sendo um dia difícil.
Então resolvi deitar um pouco a tarde para ver se acordava com outros ares, se sonhava com uma explicação ou apenas um momento bom.
Bem, nada disso. Apenas uma frase ecoando ao acordar
"Nuvens são esculturas de ar."
Pode parecer a maior tolice do mundo, mas eu concordo com essa minha mente tola, afinal, ela é minha.
Michelangelo dizia que a escultura ja estava adormecida na pedra antes mesmo de ser esculpida.
Era o escultor quem devia acorda-la.
Pois eu digo o mesmo com as nuvens.
Tem gente que simplesmente olha pro céu e solta um resmungo qualquer.
Tem gente que olha, admira e logo deposita sua atenção na bicicleta que está passando ou na pomba que voou ali do lado.
Mas tem gente, esses tais escultores de nuvens, que simplesmente enxergam ali mais do que formas de algodão. Enxergam um mundo todo em branco, cinza e azul.
E os outros ficam sem entender porque você fica horas olhando pro céu.
E quando você diz, entao "Olha alí, os piratas procurando o tesouro. Nossa, que velas lindas o barco tem." Riem, acham fofinho, mas simplesmente não entendem. As vezes até procuram, mas não "acham".
CLARO!
O barco, os piratas, o tesouro. Tudo isso está na cabeça de quem os enxergou. Ainda não foi esculpido para que os outros pudessem ver.
E sabe, essas pessoas não enxergam nada além de "um amontoado de algodões brancos", porque não são capazes de olhar além. Além de tudo aquilo que é fisico, material. Eles não conseguem olhar para dentro deles mesmos.
O mundo é como o céu e suas esculturas de ar. Você pode olhar, mas não dar valor. Pode admirar, mas não prestar atenção ou pode olhar com carinho e além, até enxergar os mínimos detalhes e cada oportunidade de olhar para dentro de sí e enxergar algo bom.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Isso, com certeza, é um erro.

Porque as pessoas vivem querendo que sejamos exatamente o que elas planejaram?
Eu devo fazer isso também... muito. E agora eu sei que cansa, eu sei que não é certo.
Porra, me deixem com minhas loucuras, minhas incertezas, meus medos e desconfianças.
Me deixem errar, PELO AMOR DE DEUS, me deixem apenas errar por um segundo.
Por dois, por todos.
Porque o que mais frustra é tentar ser perfeita 25 horas por dia e no final de tudo se dar conta de que você só errou esse tempo todo.
Daí você quer ficar triste, ser egoísta e mandar o mundo todo, com as responsabilidades todas, à merda.
E você simplesmente não pode, porque não deixam.
ME DEIXEM ERRAR, mundos.
Me deixem ser toda errada.
Pra que, quem sabe, no final de tudo certo.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Suspiro

Eu queria ser o vento.
Queria viajar o mundo, conhecer as pessoas e os segredos
que só contam ao vento.

Eu queria ser o vento.
Assustador e sorrateiro em inquietantes tempestades,
e uivar em noites frias sem ninguem me ver.

Eu queria ser o vento.
Para afagar sua pele lisa e branca
enquanto você fecha seus olhos só para me sentir.

Eu queria ser o vento.
Para lhe espirrar agua da chuva quando estivesse bravo,
e lhe refrescar o corpo todo num dia quente de verão.
Porque você é irresistível.

Eu queria ser o vento.
Para varrer sua alma pelos olhos
e te tragar pra dentro de mim.

Eu sou o vento.

sábado, 4 de setembro de 2010

Hipnose

Era um dia ideal, céu azul, sol e e aquele som de mar. Ela estava ali sentada, na areia, com seu vestido velho e florido de flores miúdas e vermelhas. Velho, porém bonito, seu preferido. Nos seus pensamentos ela corria e brincava. Ouvia dentro da sua cabeça o som das gaivotas, do quebrar das ondas e do riso daqueles que amava. E lhe escapava um sorriso ao lembrar daqueles momentos. Timido, que fazia ela pensar "o que vao achar de uma guria sentada na areia e sorrindo sozinha?" e gargalhava por dentro. Uma risada gostosa e antiga. O que ela queria mesmo era fazer parte o mundo. Se sentir livre como sempre. Ela queria ser parte da terra de onde veio, do seio natural que alimentava sua alma.
Levantou-se então, partiu em direção ao mar, calma, sentindo a areia se tornar umida a medida que se aproximava e então aquela onda repentina lhe inundar os pés. A água estava morna e lhe acariciava. Continuou caminhando, sentindo a maresia lhe afagando a pele, aquele sopro a consumia. A agua na cintura e as ondas quebrando. E ela sorrindo. De súbito mergulhou, sumiu. Sentou no fundo do mar e enfiou seus dedos na areia, como a enterra-los. Sentiu-os sendo sufocados por aqueles graos tao pequenos. E lhe faltou ar.
Emergiu sem pressa, como se fizesse parte do oceano, como se aquilo tudo fosse dela.
Continuou sua caminhada, então, rumo a não-se-sabe-onde. A água no pescoço e seu vestido roçando o corpo, leve, dançando ao som da corrente.
Seus pés mal tocavam o fundo, da praia não se enxergava ela entre as ondas. Mas o oceano era dela.
De repente parou, fechou os olhos e largou seu corpo. Sentiu-se afundar, as pequenas bolhas desformes saindo pelas narinas e lhe fazendo cocegas no rosto. Sorriu, riu um riso imerso. E a agua lhe penetrou o corpo. Queimou-lhe as vias, sufocou-lhe os orgãos, ceifou-lhe a vida, como se aquilo fosse o natural.
O vestido velho bonito florido embalou então o corpo inerte que ainda sorria e ela agora fazia parte do mundo que queria.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Diário

Então eu acordei, senti a claridade penetrando meus olhos como a beija-los, me dando bom dia. Estiquei meus braços o máximo que pude até sentir aquele espasmo mostrando-me os limites. Depois as pernas, os pés e então de fato abri meus olhos, analisando o meu redor. Primeiro o vazio do teto branco que vai sendo preenchido a medida que os olhos movimentam-se pelo quarto iluminado por uma porta de vidro. A claridade adentra lutando contra a cortina branca translucida, tentando supera-la. Começo a pensar em quantas pessoas ja hospedaram-se naquele quarto de hotel. Quem seriam, como seriam, a que vinham. Devaneios, apenas, de quem ainda não estava completamente acordado. Finalmente levantei-me, olhei minha cara amassada através do espelho e soltei meia duzia de xingamentos pelas olheiras que me irritam. Ainda sentia-me cansado. Depois do ritual matinal saí do meu quarto em direção ao elevador. Um corredor bem iluminado, com um carpete que gritava a tentativa de ser algo "chique". Talvez fosse, não sei, não entendo de carpetes. O elevador era rapido demais, sempre saía dele com enjoos e com a sensação de pressão nos ouvidos. O lobby era extremamente requintado. As pessoas até faziam mais pose para poder combinar com o ambiente. Porém os atendentes eram todos muito educados e simpaticos, dificil de acontecer em locais como aquele. Cheguei então ao restaurante onde era servido o café da manhã. Primeiro você dava o número do seu quarto ao recepcionista e ele então te levava a uma mesa. A ressaca era grande, decidi apenas por uma xicara de café preto e uma torrada com mel. Adocei meu café, aquele cheiro queimado entrando dentro de mim e lavando a ressaca me fez parar. Gastei um bom tempo ali. Então assoprei-o como uma criança faz e provei. Perfeito. Um pouco fraco talvez, mas eu não podia exigir muito, era um hotel. Com cuidado abri o pequeno pote de mel. Derramei metade sobre a torrada, mas ainda era pouco. Coloquei um pouco mais, queria adoçar a boca amarga lembrando a pessima noite que havia tido. Com a faca espalhei o mel. Ah, aquele som me faz tão bem. O metal arranhando o pão queimado e o brilho do mel cobrindo-o é simplesmente irresistivel. Apaixonante. Eu poderia perder mais horas ali apenas ouvindo aquele som e vivendo aquele momento tão irreal. As pessoas iam e vinham ao meu redor e parecia apenas que o tempo havia parado pra mim. Ao terminar levantei-me e segui calmo até o lobby. Peguei um jornal, apenas folheei como quem nao quer nada. Nenhuma noticia chamava minha atenção, eu queria mesmo sair pela cidade, conhece-la no seu intimo, mas estava ali preso, confinado, como peixe em aquario. Olhava a rua por sob o jornal como criança prestes a aprontar traquinagens. Eu queria sair, mas tinha a merda da reunião de trabalho. Fiquei ali, sentado, observando o fluxo, analisando as cenas como espectador. E me perdi nos risos das moças bonitas que chegavam após o exercício matinal, na criança lambusada de chocolate e na mãe tão gentil limpando-a, no senhor bem idoso ao meu lado que cochilava e foi acordado pelos netos pulando em seu colo. Senti saudade da minha familia. Saudade do tempo em que eu era livre. De que adiantava viajar tanto e conhecer apenas hotéis? Ficar longe daqueles que me importam. O salário era bom, mas a vida nem tanto, não havia tempo para aproveita-lo.


Depois de uma breve pausa levantei-me e saí.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Invernal

Hoje amanheceu nublado.
É estranho ver que um dia cinza, escuro, frio pode representar esperança.
Aqui não chove.
Aqui não cai água do céu faz muito tempo.
E um dia feio trouxe alegria.
Feio.
Feio porque dizem. Eu amo dias frios, dias cinzas, dias feios.
Eu amo ter expectativa pelo primeiro pingo de chuva caindo na terra.
E depois aquele cheiro que só a terra tem.
Eu amo trovões, frio e dias escuros.
Quando eu era criança eu achava que devia existir o Dia de Chuva.
Isso porque a avenida perto de casa sempre alagava com tres pingos d'água.
E tudo virava caos.
E eu não fazia nada.
E eu amava os meus Dias de Chuva.
Amava as tardes que pareciam noites.
As arvores se debatendo.
E o cheiro que só a terra tem.
O vento assobiando, o cheiro de pipoca.
Os dias feios.
E cinzas.
Eu amava fazer desenhos no vidro embaçado.
Amava assistir seção da tarde embaixo das cobertas.
Porque na minha cidade natal não existe frio.
Apenas dias de chuva.
E hoje não choveu.
O céu sorriu.
E ficou a vontade de sentir o cheiro.

Cheiro que só a (minha) terra tem.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ensaio sobre saudade I

Estou aqui, deitada, sozinha.
Ouvindo nossa música ecoando pelos cantos vazios da casa.
Pela cadeira de balanço parada, pelas luzes apagadas e pela cama fria,
tremendo de frio,
sem você.

Estou aqui pensando, sonhando com você.
Tendo aqueles meus devaneios.
Mas desta vez eles são cinzas, tristes, sozinhos.
E a música sorrindo.

Estou aqui. Apenas estou.
Cansada... cansada de falar de mim.
Sedenta por você, por saber do seu dia, por ouvir sua voz ecoando em mim...
ao invés da nossa música.

Sinto falta do seu sorriso tímido e espontaneo ao ouvir um elogio.
Daquele seu olhar enquanto ouvimos a nossa música.
Sinto falta dos seus labios na minha pele,
me dizendo - sem dizer - que eu sou a mulher mais linda do mundo.

Quero ouvir nossa música com você.

domingo, 25 de julho de 2010

Meu senhor

Tem fantasmas me assombrando palavras remoendo meus miolos toscos e doentes e dói la dentro lembrar das coisas escarradas que o senhor disse serio é bizarro tudo isso não da pra entender mas que merda que merda
bem eu pelo menos sei que o amor esta dentro de mim de nós que nao ha vazio meu bem como dizem a ausencia nao existe mais aqui ali em nós não não o senhor esta bem errado
o sorriso transcende o seu campo de visao tao distorcido e atordoado eu so tenho pena desse desequilibrio imenso dessa fome de chocolate e paz mas te digo que procurar isso tudo fora de voce meu senhor nao é o útil o senhor precisa encontrar o equilibrio aí dentro se é que voce o possui
HAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHHAHASERIO
isso ta mexendo com a minha cabeça nao mais do que mexe com a sua com seu corpo com seus olhos com seus orgaos que vivem mecanicamente pulsando a procura de preenchimento mas não existe se preencher alol ta tudo perdido nesse seu labirinto de perdas e conceitos ultrapassados
bah eu não preciso provar nada a ninguem nem ao senhor meu senhor que apesar dessas desconfianças tao absurdamente cabiveis a situaçao me apetece sim sim meu senhor eu gosto do senhor apesar do senhor achar que eu sou comida que sou um animal enganado por sentimentos difusos e erroneos
porem meu senhor o senhor esta bem bem enganado porque o que existe aqui é bem bem o que voce gostaria de ter me desculpe meu senhor mas eu tenho isso dentro de mim tenho muito muito muito dentro de mim mais do que voce imaginaria
nao é meu não senhor é nosso porque eu simplesmente não possuo eu compartilho
entao meu senhor abra bem os olhos e cure essa ressaca amarga com as medicinas que o senhor tem dentro de sí porque nao sao as minhas que vao te curar nao sao as dele e de mais ninguem

e me desculpem todos mas era puramente nescessario pra curar as minhas dores de carne podre e mente insana.

Não.

Não!
Apenas me diga que não faz sentido,
que não é nada daquilo que estou pensando.
Por favor.
Apenas me abrace e diga que é um sonho, que não é real.

A vida ja não está la aquele... pote de sorvete e ainda me aparecem palavras jogadas, cuspidas em sequencia, com raiva e, e, e... argh eu prefiro não falar.
Como pode? De onde surge? COMO?
É muito surreal, nao.
Não.. não é surreal, é apenas inesperado.
Não, que merda!
Era de se esperar. Na minha cabeça sempre foi... fato.
Mas não agora.

Tudo vai se encaixando, serio.
Certos detalhes fazem bem mais sentido.
Porem conclusoes sem provas são apenas conclusoes.
E só isso é o que eu tenho... aqui dentro.

Medo?
Não, não tenho.
Raiva?
Não.
Apenas confusão.

MAS
certas coisas
porque eu sei, e vc sabe, que vc consegue me ler em um olhar
por mais que eu me esconda em palavras e entrelinhas
me revigoram.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Nada

Eu preciso do branco.
Preciso do puro, do liso, do intocado.
Preciso ser instigada por um espaço vazio, me provocando, desafiando.
Eu quero espalhar tinta pelo branco.
Eu quero espalhar palavras pelo branco.
Eu quero dançar pelo branco.
Quero esporrar cor.
Quero provocar o branco, tirar o equilíbrio do branco.
Eu quero rir do branco.
Eu preciso dessa caixa branca, esperando ser tocada por mim.
Ávida, só, ansiosa.
Preciso dessa caixa aberta, disposta a guardar meus segredos,
minhas palavras loucas, mal arranjadas e cuspidas com nojo.
Preciso desse branco que escuta minhas palavras mudas e sem gosto,
que aceita minha loucura ácida.
Eu preciso do branco, sorrindo branco, cheirando branco,
me cobrindo de branco.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Corsário

Eu quero me afogar nesse oceano,
verde,
límpido,
profundo.
Quero sentir a aura verde escuro,
quero nadar pelo degrade até o mel
e penetrar no curioso borrão de tinta que me suga.
Eu quero me afogar nesse oceano
de aromas,
sorrisos,
palavras.
Quero deslizar pela maciez,
quero me perder nos contornos
e dançar a brisa do sopro.
Eu quero me afogar nesse oceano
doce,
tranquilo,
revolto.
Eu quero me instigar pelos piratas,
quero buscar os portos
e encontrar todos os tesouros.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Jornada

Entre as explosões pulsantes da multidão de sonhos do meu, surgem oásis secretos; Segredo de criança, um pacto eterno de doces. Oásis regados a café e compotas de baunilha no rum, exalando gargalhadas e conversas impuras, num clã de inocencia atemporal. Cheirando música lenta e acolhedora, numa valsa de olhares intensos e despreocupados.
Um momento.
Pausa improvavel.

Viagem paralela de ida, mas volta e fica e continua a borbulhar. Somente ressurge em lapsos do tempo que não se tem mais. Sonho de criar e viver de criar e criar, mas a busca final enaltece o não-pensar, sem entender onde tudo isso para, ou começa, ou

vai.

E tudo que importa são os oasis desse deserto de exageros e excessos, que engole os viajantes desavisados desse segredo mais-que-secreto do mundo de eu. Sem ninguem saber.


Só todo mundo e nós.
















Stress: formação de cristais no cortisol.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Pira

Tem gente que é muito doida.
Tem gente que é muito pouco doida.
E é no meio dessa doidisse que eu vivo,
que eu cresço,
que eu morro.
No meio dessa doidisse que eu canto,
grito,
corro.
E choro e danço e piro.
É no meio dessa doidisse que eu enlouqueço
e levo todas essas doidisses comigo,
prum meio de loucuras
e coisas doidas.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Ambiguidades

Um final de semana que mais pareceu uma semana todinha...
Muitas coisas boas e coisas muito ruins.
E ficou a ressaca disso tudo, fisica, pesada, irreversível, me transformando numa mera espectadora do mundo, sem poder nenhum de ação.

Ve-ge-tan-do.

Restam os problemas a serem resolvidos.
Restam as saudades todas dos risos, dos beijos, dos olhares.
Resta o êxtase de tres intensos dias inesquecíveis.
O pavor, o choque, o cuidado, o esquecer - e depois o relembrar, o carinho, a música, o aconchego, a tristeza, o aprendizado, o amor.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Que nostalgia!

Sabe um dia em que voce respira lembranças? Aqueles momentos que te confortaram, que passaram por voce como se fossem momentos puramente naturais, mas que ao lembrar-se deles você sente a saudade de toda uma época da sua vida, mesmo não tendo sido uma época de fato...
AH! É complexo... como quase tudo que eu penso.
Esses momentos tão apreciados, guardados com tanto amor e carinho, são justamente aqueles que simplesmente aconteceram, que surgiram espontaneamente e não de algo artificial.
É bom relembrar os cafés, as conversas, as discussões de teorias pessoais.
E melhor ainda que relembrar, é reviver estes momentos, e acho que é bem isso que está acontecendo.
O primeiro ano de faculdade foi uma tormenta, talvez por isso eu não tenha conseguido dar o valor que esses momentos mereceram, mas ainda não é tarde para curti-los com apreço.
Concomitantemente a esta nostalgia, surgem novas idéias e novas propostas que acendem uma vontade enorme de esperar por essas novas experiencias, que me farão sentir essa saudade um dia!
Ah, mas a vida é incrivel! E mais incrivel ainda são as pessoas que ela traz ao meu encontro.
É graças a essas pessoas, novas pessoas, minhas descobertas, que eu posso viver esse momento de esclarecimento quanto ao que é bom.
E posso, de fato, viver o que é bom.



Obs: A imagem não é das mais bonitas, mas acho que se encaixa no que eu quero dizer.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Ando procurando o que escrever, mas simplesmente não sei.
A vida ta boa.
A vida ta boa demais.
Ta tudo azul, lilas e amarelo, nos seus devidos pasteis.
Ta tudo com gosto de mel, de canela e de chocolate.
Ta tudo me embriagando ao tom do vinho tinto: seco, forte, encorpado.
Ta tudo ficando com gosto de saudade.
Saudade de um segundo atras, saudade de um olhar atras, de um sorriso atras.
A vida virou uma roda gigante.
Colorida, brilhante, dando a sensação de que vou tocar as estrelas, em meio a risos infantis e uma leve brisa noturna de outono.
Mas, ao mesmo tempo, está tudo natural.
Naquela sensação de estar vivendo o que deve-se viver.
O que é lindo de se viver.
O que é viver.
E eu nem sei como me portar diante disso tudo, simplesmente porque parece um espetáculo. Daqueles que imobilizam, que te tocam de uma forma em que o mundo para e nada mais existe além daquela cena.
Talvez esta seja a sensação de estar completo, preenchido.
E eu nem sei como agradecer...



B.

quinta-feira, 15 de abril de 2010


Não preciso dizer mais nada...

terça-feira, 6 de abril de 2010


Legal é passar três semanas preparando um trabalho e no dia quase perder a hora da apresentação.
Ainda bem que existem amigas preocupadas e atenciosas que ligam para acordar a alienada.
O dia foi uma pilha.
Amanhã será uma pilha.
Este ano vem sendo uma pilha.
Uma não, várias.
Mas isso tem sido parte de mim, ficar parada se tornou quase impossivel.
Faz bem.

Na foto a minha irma, mega fashion após se produzir com todas as minhas coisas.
Morro de saudades... ja. ♥

segunda-feira, 5 de abril de 2010

(...)

Ir pra casa da mamãe é bom demais!
Mas estou percebendo que voltar para a minha também o é.
Reencontrar os amigos, voltar pra faculdade, pirar com os trabalhos e com os cursos de lingua estrangeira.
Ficar no meu canto, ler, ouvir musica alta e visitar os vizinhos, ah! nada se compara à faculdade.
As amizades que ela tem me proporcionado sao inesquecíveis, cada uma a sua maneira, mas quero levar todas comigo. Ah que brega isso, eu sei, mas finalmente me dei conta de como tem sido bom.
E não quero que acabe...
Bem, ultimamente estou pensativa demais e ando filosofando demais sobre tudo, acontece.
Isso tudo é só uma maneira de organizar meus pensamentos...

e finalmente expressa-los.

domingo, 4 de abril de 2010

Chocolate para todos.


Doces, Doces, Doces. Coelhos, Coelhos e Coelhos.
Mas Baco e eu apenas observamos. Rimos e cantamos enquanto crianças correm pelo jardim a procura de suas negras delicias. E nos deleitamos com as nossas.
Uma, duas, tres, quatro. Vinho para todos os amantes.
E as crianças com as suas bocas lambusadas, rindo e pulando de tanta energia que lhes foi depositada.
Tempo de retorno a infancia, de alegria e celebraçao.
E haja manjar dos deuses. E haja rios turvos e purpuras para nos fornecer alegria.
Viva a Pascoa e todo seu sentido.
Viva a festa, viva a familia.
Viva tudo aquilo que ela pode nos dar.

sábado, 3 de abril de 2010

Devaneio.

Ultimamente tenho pensado muito, avaliado e reavaliado, medido valores e ações.
Minha balança ficou descontrolada, meu mundo entrou em desacerto.
Estou de cabeça-para-baixo, de pernas-para-o-ar, simplesmente invertida.
Confusão.
Ansiedade.
Loucura.
Esta barra piscando, tantas vozes na minha cabeça e nada para falar.
Expressão.
Dificuldade.
Angústia.
Uma voz doce, carismática, me embalando, me alegrando, me fazendo sorrir.
Saudade.
Abraço.
Amor.